Após sete dias, o policial civil só decidiu falar sobre o caso na manhã desta terça-feira, 13. Ele disse que precisava recuperar o seu estado de saúde e emocional e, também, preparar a família sobre o que havia contecido na última quarta-feira, 07.O policial descansava com
a família numa fazenda, localizada no município de Itaporanga D'juda. Por volta das 18h do último dia 7, três homens, fortemente armados e encapuzados, entraram pela porta dos fundos, renderam o policial, a mulher dele e os três filhos do casal. Uma menina de 6 e dois meninos: um de 4 e outro de apenas um ano de idade. Eles passaram 7 horas de aflição nas mãos dos bandidos. O policial foi amarrado e espancado por várias vezes. Ele conta que sofreu muita humilhação dos bandidos, principalmente, quando eles arrebentaram o guarda-roupas e viram as algemas e os coletes a prova de balas. "Assim que eles descobriram que eu era policial, eu disse: pronto! vou morrer...!" Os
invasores chegaram a derramar cerveja no ouvido do policial e urinaram em seu rosto enquanto ele permanecia deitado e amarrado com cordas.Um dos momentos mais tensos foi quando um dos marginais levou a esposa do policial para a casa de farinha da fazenda e a obrigou a manter relações sexuais com ele. Enquanto isso, os outros permaneceram na casa vigiando o policial e as crianças.
Ele cobra da SSP um apoio psicológico para a família. O policial disse que até agora, apenas 4 colegas e o delegado Sérgio Ricardo o estão ajudando nas investigações.
SSP
Hoje pela manhã, em conversa que tive com o delegado Júlio Flávio, Coordenador das Delegacias do Interior, ele afirmou que alguns suspeitos já foram identificados e disse também que a SSP não está se esquivando da responsablidade de prestar qualquer apoio à família do policial.
Fotos: EVENILSON SANTANA
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