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23 de julho de 2013

INTERNO RECEBE VOZ DE PRISÃO DENTRO DO PRÓPRIO PRESÍDIO.

Além de ser acusado de tráfico de drogas, o interno do Presídio de Areia Branca-SE, mantinha uma "mercearia", tipo: "tem de tudo" no interior da unidade.
Preso conta como mantinha o comércio


Ressocialização. Esse seria o principal ponto oferecido nos presídios para que as pessoas que estão à margem da lei possam ser reinseridas na sociedade. Na teoria deveria, mas na prática, a história é bem diferente. Pelo menos é essa a situação do presídio de Areia Branca. Lá, a farra é constante.




Nas últimas duas semanas, o local foi alvo de três fugas. Dessa vez, um detento foi preso ao ser flagrado no final da tarde desta segunda-feira, dia 22, comercializando drogas dentro da unidade prisional. Além disso, o preso, identificado como Fábio Prata Amorim, 29 anos, que cumpre pena por homicídio, confessou que mantém um “comércio” instalado na sua cela.

O fato foi divulgado com exclusividade pelo jornalista Marcos Couto, na manhã desta terça-feira, dia 22, no programa Liberdade Sem Censura, da rádio Liberdade FM, sob o comando de Evenilson Santana.

Fábio foi detido por policias do Departamento de Narcóticos (Denarc) da Polícia Civil. Com ele, os agentes encontraram R$ 545 em dinheiro, dois aparelhos celulares, cápsulas vazias para o armazenamento de cocaína e cerca de 50 gramas de maconha embalada, segundo a polícia, pronta para a venda.

Em entrevista exclusiva ao repórter Marcos Couto da Liberdade FM e site Imprensa1.com.br, Fábio afirmou que não é traficante e que a droga encontrada era para seu próprio consumo. “Não sou traficante. Sou viciado há mais de cinco anos e uso todos os dias”, disse.

Além da droga, ao fazer a revista na cela de número 2, da ala A do presídio de Areia Branca, os policias encontraram um verdadeiro minimercado. O detento mantinha uma mercearia dentro da unidade prisional. Segundo a polícia, o preso vendia de feijão a maconha. “Não existe isso. O que eu vendo é feijão, arroz e cigarro. Isso é para ajudar no sustento da minha família”, afirmou.

De acordo com ele, o quilo de feijão era vendido por R$ 7, o arroz por R$ 3 e a carteira de cigarro, por R$ 10. “Tem que aproveitar o preço porque lá dentro é tudo mais caro”, ironizou Fábio. O preso ainda afirmou que existem outros “comércios” como o dele funcionando normalmente dentro do presídio. “Meus irmãos também vendem o mesmo produto”, destacou.

Questionado sobre a forma como os produtos entram na unidade, Fábio relata que a droga foi jogada por cima da cerca. Sobre os aparelhos celulares, o detento revelou que foram comprados dentro do presídio por R$ 100. Já sobre os alimentos e os cigarros, ele afirmou que os produtos são comprados por presos que estão no regime semiaberto e podem sair da unidade para trabalhar pelo dia. “Eles compram fora e me passam”, frisou.

O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Sergipe (Sindipen), Iran Alves, afirmou que situações como a relatada são normais dentro dos presídios. Para ele, esse fato ocorre devido à falta de estrutura física e humana dentro das unidades.

“Sempre denunciamos essas ações e as autoridades competentes não tomam nenhuma providência. É preciso que se criem mecanismos para que os presídios não continuem funcionando como verdadeiras universidades do crime”, disse.

Fonte: LIBERDADE SEM CENSURA(99,7 FM) / IMPRENSA1.COM.BR

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